Como Renegociar Crédito Pessoal? As Dicas Principais
A renegociação de um crédito pessoal é uma forma de poupar mais dinheiro.
Ainda não sabe como usufruir desta solução? Vamos esclarecer tudo.
Neste artigo, explicamos:
- O que significa renegociar crédito pessoal;
- O que pode ser renegociado neste tipo de empréstimo;
- Dicas práticas para conseguir uma renegociação eficaz;
- As alternativas a esta solução.
Se quiser encontrar as melhores ofertas para o seu empréstimo pessoal, o nosso simulador é uma ferramenta útil.
O Que Significa Renegociar um Crédito Pessoal?
A renegociação de um crédito pessoal significa a alteração de uma ou de mais condições do empréstimo para se conseguir uma redução das mensalidades.
Desde que haja um acordo entre si e o banco onde tem o seu crédito pessoal, pode, pois, rever as condições deste financiamento para poupar mais dinheiro mensalmente.
A renegociação do empréstimo pessoal é especialmente útil se estiver com dificuldades em cumprir as suas responsabilidades de crédito.
💡 O Banco de Portugal deixa claro que a renegociação de um crédito aos consumidores pode ser feita em qualquer momento do contrato e as entidades financeiras não podem cobrar comissões neste processo.
O Que Pode Ser Renegociado Num Crédito Pessoal?
Na renegociação de um crédito pessoal, pode pedir para rever, essencialmente, quatro condições. Vejamos cada uma em detalhe.
Prazo de Pagamento
Ao renegociar este aspeto, estará a pedir mais tempo para liquidar o seu empréstimo.
Note apenas que a revisão do prazo só é possível se o período que contratou inicialmente for inferior ao máximo estabelecido por lei:
- 7 anos no caso dos créditos pessoais sem finalidade específica;
- 10 anos quando os empréstimos são contratados com as finalidades de educação, de saúde e de energias renováveis.
Adicionalmente, é preciso considerar que o alargamento do prazo, embora reduza as prestações, resulta num custo final superior devido ao pagamento de mais juros.
Vamos analisar um exemplo para clarificar.
Suponha que tem um crédito pessoal de 10.000€ no Unibanco e um prazo de 36 meses (3 anos) para liquidar o empréstimo.
Vejamos, agora, os dois cenários: um em que renegoceia o alargamento do período de pagamento para os 60 meses (5 anos) e outro em que mantém o prazo.
Prazo | TAEG | Mensalidade | MTIC |
---|---|---|---|
3 Anos | 15,8% | 339,44€ | 12.396,23€ |
5 Anos | 15,8% | 232,62€ | 14.133,25 € |
Ora, ao aumentar o prazo de pagamento, mantendo a TAEG do contrato, a sua mensalidade é bastante menor, mas o custo total do crédito (o MTIC) será superior.
Logo, renegociar esta condição será mais favorável quando precisa realmente de um alívio imediato no seu orçamento mensal.
Taxas de Juro
Pedir para passar de uma taxa de juro fixa para variável, ou o contrário, pode também resultar numa poupança mensal, por isso, considere estas taxas (TAN e TAEG) numa potencial renegociação.
A mudança destas taxas também pode ser útil para efeitos de gestão financeira.
Por exemplo, se passar para uma taxa fixa, a sua mensalidade será sempre a mesma e saberá, pois, com o que contar.
💡 Trimestralmente, o Banco de Portugal publica as taxas de juro máximas a aplicar nos vários de tipos de crédito aos consumidores: empréstimo pessoal, financiamento automóvel, cartões de crédito e linhas de crédito.
Período de Carência
Esta condição significa que fica apenas a pagar juros durante um determinado período. Ou seja, a sua mensalidade também baixa por essa razão.
No entanto, aceder a um período de carência também torna o empréstimo mais caro na globalidade. Ora, o benefício consegue-se, precisamente, por se baixar, no curto prazo, a prestação do crédito pessoal.
Diferimento de Capital
Quando solicita esta opção, está a adiar uma parte da dívida para o final do prazo.
O diferimento de capital também alivia o seu orçamento no imediato, mas não se deixe enganar: no final do contrato, a quantidade de dinheiro a reembolsar vai ser maior.
💡 Garanta que dispõe do capital necessário para liquidar a maior fatia do crédito na fase final do empréstimo se pedir o diferimento da dívida.
Dicas Para Renegociar o Crédito
Agora que já sabe exatamente quais as condições que pode renegociar num crédito pessoal, vamos partilhar alguns conselhos práticos para conseguir a melhor proposta aquando dessa renegociação.
Recomendamos que siga estas três dicas.
- Analise as propostas: use a Ficha de Informação Normalizada (FIN) das propostas de renegociação que receber para conhecer detalhadamente os custos totais com a revisão do contrato e para perceber se os ajustes compensam.
- Avalie o que deseja mudar: se tiver mais do que um crédito pessoal, tente perceber qual o mais pesado para a sua carteira e identifique também a condição que deseja renegociar, mediante as especificidades de cada uma.
💡 Pode pedir o seu Mapa de Responsabilidades de crédito para saber mais detalhadamente as características dos seus empréstimos.
- Seja realista com o banco: partilhe as suas necessidades concretas com a instituição onde tem os créditos e apresente as condições que gostaria de ter. Lembre-se de que os bancos têm interesse em reter os clientes, por isso, não deixe de renegociar.
Alternativas à Renegociação
Renegociar o seu crédito pessoal não é a única opção para poupar dinheiro com o empréstimo. Apresentamos-lhe três alternativas a que pode recorrer.
Consolidação
Se tiver mais do que um crédito ao consumo, pode consolidar esses empréstimos de modo a juntar os financiamentos num único contrato.
Dessa forma, fica também com uma prestação única e, por regra, bastante inferior, o que também baixa a sua taxa de esforço.
Efetivamente, o potencial de redução das prestações pode chegar aos 60%.
Transferência
Tal como a renegociação, a transferência é uma forma de melhorar as condições do seu empréstimo pessoal. A diferença é que estará a fazê-lo noutro banco e não na instituição atual.
Ao mover o seu crédito para outra entidade, deve avaliar também a FIN das propostas e avaliar o MTIC para confirmar a poupança.
Amortização
Esta solução aplica-se nos casos em que tem algum dinheiro de lado para reembolsar antecipadamente o seu crédito pessoal.
Na prática, estará a abater uma parte ou a totalidade do empréstimo para reduzir a mensalidade do contrato ou, como alternativa, para reduzir o prazo do pagamento.
O Banco de Portugal define duas comissões de amortização dos empréstimos pessoais:
- 0,5% se faltar mais de um ano para terminar o contrato;
- 0,25% se o financiamento terminar em menos de um ano.
Outros Mecanismos de Apoio
Nas situações mais complicadas, em que poderá até haver risco de insolvência pessoal, há três ajudas a considerar para maior proteção dos clientes.
⚠️ Deve privilegiar estes apoios como alternativa aos empréstimos particulares.
PARI
Tal como o nome indica, o Plano de Ação Para o Risco de Incumprimento (PARI) é uma medida preventiva e visa evitar atrasos nos pagamentos.
Os bancos têm a obrigação de acompanhar a situação financeira dos consumidores e, se perceberem que poderá surgir algum caso de incumprimento, terão de ativar o PARI.
Neste âmbito, as entidades credoras devem fazer propostas de renegociação para que os clientes consigam pagar os empréstimos.
💡 Podem ser os próprios clientes bancários a pedir para as entidades financeiras acionarem o PARI.
PERSI
Caso entre em incumprimento, será acionado o Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento (PERSI).
Este mecanismo evita que o banco recorra ao tribunal para recuperar o crédito e previne as consequências do não pagamento dos empréstimos.
❗️ O banco também não pode cobrar comissões ou agravar as taxas de juro quando fica ao abrigo do PERSI.
Quando este procedimento é ativado, a instituição financeira terá de apresentar propostas para que consiga regularizar as prestações dos créditos.
RACE
Como alternativa, poderá contactar a Rede de Apoio ao Cliente Bancário (RACE).
As entidades integradas nesta rede prestam apoio gratuito com acompanhamento e esclarecimento de dúvidas se estiver com dificuldades financeiras.
Apesar de ter diversas linhas de apoio, lembre-se de que a prevenção é o melhor.
Antes de pedir algum crédito, analise bem a sua capacidade financeira para saber aceder ao contrato não será um risco.
Conclusão
Renegociar crédito pessoal é uma estratégia eficaz para reduzir as mensalidades do seu empréstimo e poupar mais dinheiro todos os meses.
De facto, poderá rever diversas condições junto do seu banco para encontrar um crédito mais vantajoso.
Como alternativas à renegociação, poderá apostar na consolidação, na transferência ou na amortização dos empréstimos.
Se estiver com dificuldades financeiras, há diferentes mecanismos de apoio para evitar complicações, como o incumprimento ou o recurso aos tribunais.
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Perguntas Frequentes
Sim, é possível. A qualquer momento, pode contactar o seu banco para rever as condições do crédito para obter melhores condições.
A renegociação de um crédito pessoal é um processo que envolve a alteração de uma ou de mais condições do empréstimo para se conseguir uma redução das mensalidades.
Entre as condições que pode renegociar, destacam-se:
- O prazo de pagamento;
- As taxas de juro;
- O período de carência;
- O diferimento de capital.
Há três grandes alternativas à renegociação de um empréstimo pessoal:
- A consolidação de créditos;
- A transferência do empréstimo para outro banco;
- A amortização parcial ou total do financiamento.