Empréstimos Particulares: Cuidados e Alternativas a Considerar
Precisa de dinheiro com mais urgência para pagar dívidas? Talvez esteja a pensar em recorrer a empréstimos particulares.
A verdade é que deve ter muitas reservas relativamente à ideia de pedir dinheiro emprestado a particulares, sobretudo porque existem alternativas fiáveis.
Neste artigo, clarificamos tudo. Vamos explicar-lhe:
- O que são, ao certo, empréstimos particulares;
- Os riscos que essa solução acarreta;
- Os cuidados a ter na procura por este tipo de empréstimos;
- As alternativas mais viáveis e seguras.
O Que São Empréstimos Particulares?
Os empréstimos particulares são financiamentos concedidos por parte de pessoas a título individual e, por isso, sem qualquer tipo de regulamentação associada.
De facto, são vários os particulares e agiotas portugueses que emprestam dinheiro e cujo “negócio” não envolve intervenção por parte de instituições bancárias autorizadas.
⚠️ O Banco de Portugal apresenta uma listagem de particulares e de entidades não autorizadas a conceder empréstimos.
No fundo, estes particulares ditam livremente as regras de atribuição de créditos e aproveitam-se, aliás, da vulnerabilidade das pessoas com dificuldades financeiras.
Muitas vezes, o empréstimo particular implica até a cedência de bens de grande valor (casas, por exemplo) como garantia do pagamento.
São vários os consumidores, ainda assim, que procuram por soluções deste género online. Todos os meses, há centenas de pesquisas pela expressão “empréstimos particulares” em motores de busca como o Google.
Por isso, é fundamental conhecer os perigos associados a este tipo de empréstimos.
Quais São os Riscos Associados aos Empréstimos Particulares?
Há três grandes riscos de pedir empréstimos a particulares.
- Falta de regulamentação: os empréstimos particulares representam práticas ilegais. Os indivíduos que concedem esses créditos não integram instituições ou sequer intermediários autorizados. Por isso, não são uma solução segura.
- Fraudes ou extorsões: os particulares que emprestam dinheiro pedem, muitas vezes, quantias adiantadas e alegam que se trata de uma taxa de processamento do crédito. Depois, acabam por desaparecer com esse valor.
❗ Em caso de burla, quem pede o empréstimo não terá como se proteger através dos mecanismos disponibilizados nos contratos de crédito legais.
- Taxas de juro irregulares: as regras da concessão dos empréstimos particulares são definidas sem qualquer critério. Ora, quem empresta o dinheiro chega a aplicar taxas de juros muito altas, o que aumenta em larga medida o custo do crédito.
Quais os Cuidados a Ter Com os Empréstimos Particulares?
São os dois principais cuidados que deve ter perante um empréstimo particular.
Por um lado, se avançar com uma solução destas, deve formalizar um contrato de mútuo.
💡 De acordo com o Código Civil, o “mútuo é o contrato pelo qual uma das partes empresta à outra dinheiro ou outra coisa fungível, ficando a segunda obrigada a restituir outro tanto do mesmo género e qualidade.”
Ora, este acordo funciona como uma salvaguarda para as duas partes.
Adicionalmente, a Lei especifica algumas regras alusivas a montantes específicos:
- Se o empréstimo envolver valores entre 2.500€ e 25.000€, é preciso haver um contrato escrito assinado por ambas partes e validado por um notário;
- Se o crédito disser respeito a montantes superiores a 25.000€, o acordo só será válido mediante a realização de uma escritura pública ou de um documento autenticado.
Por outro lado, caso pretenda evitar estes empréstimos, deverá prestar atenção a alguns sinais de alerta:
- Recusa da assinatura de um contrato legal;
- Taxas de juro muito altas e acima do que o Banco de Portugal permite por Lei;
- Propostas de crédito com comunicação pouco rigorosa e com erros;
- Contactos efetuados por meios pessoais e privados;
- Empréstimos requeridos através de dinheiro físico e não de transferências;
Quais São as Alternativas aos Empréstimos Particulares?
Como alternativas aos empréstimos particulares, tem três opções seguras, fiáveis e legais: o crédito pessoal, os cartões de crédito e o empréstimo consolidado.
Analisemos cada uma detalhadamente.
Crédito Pessoal
O crédito pessoal é uma hipótese adequada se estiver a precisar de um financiamento mais avultado, mas igualmente rápido.
Efetivamente, poderá obter empréstimos aprovados em pouco tempo e usar montantes até 75.000€ em diferentes necessidades.
💡 Pode, por exemplo, aderir a um empréstimo pessoal para obras, a um crédito para eletrodomésticos e tecnologia, ou até a um crédito para casamento.
Não menos importante, as taxas de juro desta solução mantêm-se “controladas” e não diferem muito entre bancos. Vamos a um exemplo que permite ilustrar esta estabilidade.
Suponha que pretende pedir 10.000€ num empréstimo para despesas de educação a ser pago em 84 meses. A simular o crédito com essas características, chegou às ofertas seguintes:
Instituição Financeira | TAEG | Mensalidade |
---|---|---|
Cofidis | 9,3% | 157,73€ |
Cetelem | 9,2% | 157,21€ |
Banco CTT | 9,2% | 157,21€ |
Curiosamente, a oferta do Banco CTT é até igual à da Cetelem. Por terem TAEG semelhantes, vão também apresentar um custo total (MTIC) idêntico.
✅ Saiba a diferença entre a TAEG e a TAN.
Neste contexto, é fundamental sublinhar que não deve cair no erro de aceitar a primeira proposta de empréstimo pessoal que receber.
Expanda a sua busca através dos simuladores dos bancos, de modo a obter várias ofertas.
Melhor ainda, pode recorrer ao simulador do CréditoPessoal.pt, já que os nossos especialistas reencaminham o seu pedido às várias financeiras no mercado para comparar, por si, a melhor oferta de financiamento pessoal.
Cartão de Crédito
Caso não precise de um financiamento muito elevado, poderá optar por um cartão de crédito.
Tal como acontece com o crédito pessoal, já é possível pedir um cartão de crédito online aprovado na hora e de forma bastante simples.
Neste caso, é definido um plafond máximo e pode gastar o dinheiro até atingir o valor estabelecido. Depois, terá de fazer o reembolso do montante efetivamente despendido.
Crédito Consolidado
O crédito consolidado é uma solução adequada para quem não tem a capacidade financeira para pagar os empréstimos atuais.
Na prática, a consolidação de créditos permite juntar todos os seus financiamentos num único com contrato com melhores condições, nomeadamente prestações menores e prazos de pagamento alargados.
💡 Através de um empréstimo consolidado, pode conseguir poupanças mensais até 60%.
Por exemplo, pode unir o seu crédito pessoal ao crédito habitação no chamado “crédito consolidado com hipoteca”. Alternativamente, pode consolidar apenas créditos ao consumo.
Caso seja necessário, pode também pedir um financiamento extra, como um crédito pessoal sem uma finalidade específica, por exemplo.
Se esta for a solução que procura, talvez possa considerar, por exemplo, as alternativas da Cofidis, do Cetelem, ou da Younited Credit. As três financeiras disponibilizam crédito consolidado.
Conclusão
É normal ponderar o pedido de um empréstimo a particulares se precisar de financiamento urgente. No entanto, deve evitar esta opção a todo o custo.
Efetivamente, os empréstimos particulares representam uma solução sem qualquer regulamentação associada e apresentam vários perigos para os clientes.
Ora, há inúmeras instituições de crédito devidamente autorizadas a comercializar empréstimos seguros e soluções mais viáveis, desde os créditos pessoais, aos cartões de crédito e ao empréstimo consolidado.
Graças à evolução tecnológica, já pode, aliás, contratar estes produtos 100% online, através da assinatura digital, e ter uma aprovação rápida. Essa é uma oportunidade ao seu dispor através do simulador grátis do CréditoPessoal.pt.
Perguntas Frequentes
Os empréstimos particulares são financiamentos concedidos por pessoas a título individual, sem que haja qualquer envolvimento por parte de instituições financeiras autorizadas.
Ou seja, existem particulares portugueses cujo negócio é a concessão de crédito, mesmo que não tenham autorização do Banco de Portugal para esse efeito.
Não, os empréstimos particulares não são seguros. Essa solução acarreta inúmeros perigos para os clientes e pode originar problemas sérios.
Muitas vezes, as pessoas que emprestam dinheiro urgente aproveitam-se dos credores e pedem “taxas de processamento” fictícias, de modo a poderem ficar com dinheiro alheio.
Além disso, este tipo de pessoas não representam entidades registadas no Banco de Portugal, pelo que não estão, de todo, autorizadas a conceder créditos.
Por este motivo, são frequentes as situações de burla, fraude e extorsão.
A definição das condições dos empréstimos entre particulares, como taxas de juro a aplicar e prazos de pagamento, são da responsabilidade quase exclusiva dos credores. Uma vez que não são financiamentos regulamentados, não há forma de controlar ou de impor de limites na negociação.
É, por isso, natural que o poder negocial de quem empresta o dinheiro seja superior. Infelizmente, são frequentes os casos de aproveitamento do desespero dos clientes.
Sim, são várias as entidades financeiras autorizadas pelo Banco de Portugal que poderão conceder-lhe o financiamento adequado à sua situação. Basta simular e encontrará a melhor opção para si.
Poderá optar por um cartão de crédito, um crédito pessoal ou um crédito consolidado, por exemplo.