Crédito Pessoal Responsável

Recorrer a um crédito pessoal é, para muitos portugueses, algo inevitável ao longo da vida.

Quer seja para comprar carro, fazer obras em casa ou pagar uma despesa inesperada, um empréstimo ao banco é a solução quando não existem poupanças às quais recorrer.

Porém, ao mesmo tempo, o acesso facilitado ao crédito pessoal pode levar a comportamentos de risco que comprometem a saúde financeira dos clientes.

💡 Segundo o 4º Inquérito à Literacia Financeira, Portugal ficou em 13º numa comparação internacional de 39 países.

Ou seja, segundo este indicador, Portugal é dos países europeus com menor grau de responsabilidade no que toca às suas finanças.

É verdade que o CréditoPessoal.pt tem como principal missão ajudar na concessão do seu empréstimo.

Mas colocamos o bem-estar dos nossos clientes acima de tudo, para que não comprometa a sua estabilidade financeira e promovendo comportamentos seguros e responsáveis em relação ao dinheiro.

Como evitar o sobreendividamento?

Cair num ciclo de sobreendividamento, no qual já não consegue fazer face às suas despesas, é mais fácil do que parece.

Muitos clientes, quando pedem um crédito pessoal, são “seduzidos” pela facilidade de aprovação, pela baixa burocracia e pela facilidade de pagamento todos os meses.

Assim, acabam por acumular mais um empréstimo ou novas dívidas de cartão de crédito, para satisfazer necessidades de consumo ou até mesmo para pagar dívidas e despesas já existentes.

O CréditoPessoal.pt aconselha a que proceda com cautela no momento de solicitar financiamento:

  • Reduza a sua taxa de esforço ao máximo – O conjunto de todas as prestações ao banco não devem representar mais de 33% do seu rendimento mensal líquido. Caso contrário, o risco de sobreendividamento aumenta.
  • Cuidado com os cartões de crédito – A não ser que pague todas as compras a 100%, estes produtos têm as taxas de juro mais caras do mercado. É tentador fazer pagamentos mínimos mensais e arrastar as dívidas por vários meses, mas esta não é uma decisão financeiramente responsável.
  • Não peça novos créditos para pagar dívidas que já tem – Senão, será difícil sair dessa espiral. Uma consolidação de créditos pode ser uma opção mais segura se quer amortizar os seus empréstimos.
  • Tenha um fundo de emergência – Ao investir nas suas poupanças, pode conseguir fazer face a uma emergência sem necessidade de pedir um crédito.
  • Numa situação de risco, fale com o seu banco – Se a sua situação se complicou, não hesite em falar com a entidade financeira para evitar atrasos no pagamento dos créditos.

Cuidados a ter ao pedir um crédito pessoal

Se efetivamente o crédito pessoal é a solução para si, deve levar em conta alguns cuidados.

Para garantir a melhor proposta e a que terá menos peso na sua carteira, todos os meses, atente no seguinte:

  • Apenas entidades de crédito autorizadas pelo Banco de Portugal – Hoje em dia, vários particulares anunciam ofertas apelativas nas redes sociais. Mas estas nada mais são do que esquemas de burla que põem em causa a sua segurança. Escolha sempre instituições credenciadas pelo Banco de Portugal para pedir um financiamento.
  • Comparar várias ofertas de créditos pessoais – Com tantas entidades no mercado, o ideal é contar com um intermediário de crédito para negociar por si as melhores condições possíveis.
  • Analisar a FIN – A Ficha de Informação Normalizada é a sua melhor aliada para perceber os custos extra do seu empréstimo. Por exemplo, a taxa de juro e a existência de comissões de abertura.
  • Subscrever um seguro de crédito pessoal – Por um reduzido valor mensal, um seguro protege-o numa situação de desemprego, doença ou morte no agregado familiar.

Acima de tudo, certifique-se de que pede apenas o crédito pessoal que consegue pagar, para que a sua estabilidade financeira não saia afetada.

Medidas implementadas pelo Banco de Portugal

De modo a combater situações de risco associadas aos créditos, a entidade reguladora em Portugal – Banco de Portugal – criou regras à concessão de financiamento, nomeadamente:

Maturidade máxima de 84 meses para a maioria dos créditos pessoais

Atualmente, os clientes só podem pagar os seus empréstimos num prazo limite de 84 meses.

As exceções são o crédito automóvel, crédito consolidado e as finalidades de formação, saúde e energias renováveis, que podem ser pagos a 10 anos.

Desta forma, os portugueses não estão vinculados a este compromisso financeiro durante tanto tempo.

Assim, estão também menos sujeitos a flutuações do mercado e da economia e a mudanças pessoais ou profissionais que coloquem em causa o pagamento do crédito.

Crédito habitação no máximo a 90% do montante de aquisição

O Banco de Portugal limitou a concessão de empréstimo habitação a 90% do valor de compra. Ou seja, quando quer comprar casa, terá de ter, no mínimo, 10% de capitais próprios para obter um financiamento.

Esta medida reduz significativamente o montante em dívida ao banco e, por consequência, as prestações e a taxa de esforço ao longo de dezenas de anos.

Limites máximos ao DSTI (Debt Service-to-Income)

Desde 1 de julho de 2018 que as entidades financeiras aplicam restrições ao crédito consoante os rendimentos.

Existem tetos máximos à DSTI, isto é, ao rácio entre as despesas + salários e a mensalidade que o cliente ficará a pagar, que normalmente não pode ser superior a 50%.

O objetivo é evitar incumprimentos no pagamento destas responsabilidades.

Precisa de ajuda com a sua situação financeira?

Se está numa situação em que já não consegue fazer face às suas dívidas ou tem pagamentos em atraso, saiba que existem mecanismos de apoio que o poderão ajudar.

O PERSI (Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento) é uma medida do Banco de Portugal que procura promover o diálogo entre o cliente e o banco, sem recurso a meios judiciais.

A entidade financeira é obrigada a apresentar-lhe alternativas para conseguir liquidar os seus créditos, num prazo máximo de 30 dias.

Pode, também, contactar os seguintes organismos e expor a sua situação: